Richard Dawkins, um dos ateístas mais famosos do mundo, volta atrás sobre o cristianismo e sua utilidade.
Dawkins passou a vida defendendo a ideia de que a religião “envenena tudo”. Ele afirmava ser questão de tempo até que a razão e os valores do Iluminismo varressem a religião do mapa, para que uma nova e superior sociedade surgissem.
Mas algo mudou em sua forma de pensar.
Até 2015, Dawkins defendia que crianças deveriam ser protegidas da religião. Porém em entrevista realizada em 2018, ele afirma que o cristianismo, na verdade, é uma religião “relativamente benigna” e demonstrou preocupação com a substituição da fé cristã pelo islamismo na Europa.
Ainda mais recentemente, Dawkins e outros conhecidos ateístas começaram a demonstrar dúvidas sobre a possibilidade de se manter uma sociedade moral sem recorrer à ideia de Deus. “Isso daria às pessoas uma licença para fazer coisas realmente ruins”, Dawkins conta ao The Times.
Douglas Murray, outro famoso ateu, admitiu que não acha que a sociedade consiga fundamentar conceitos como Direitos Humanos sem o cristianismo.
O que está ocorrendo é que, na medida em que a sociedade se afasta de Deus, até mesmo alguns ateístas estão percebendo que muito do sucesso do Iluminismo se deu não em detrimento, mas justamente por causa do cristianismo.
E, assim como Dawkins, aos poucos estão tendo que reconhecer o importante papel do cristianismo na civilização ocidental.
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