No início do ano, o Vaticano sediou o “Understanding Unbelief”, maior evento sobre ateísmo do mundo.
Na conferência, os principais acadêmicos da área mostraram os resultados de suas pesquisas sobre o tema.
Alguns dados chamam atenção:
A grande maioria dos ateus veio de famílias cristãs.
Muitos ateus cultivam algum tipo de espiritualidade.
A maioria dos ateus e agnósticos prefere ser chamada de “humanistas”, “seculares”, “céticos”, ou “pensadores livres”.
O mais surpreendente, porém, é a informação trazida pelo antropólogo Jonathan Lanman. Ele afirma que “uma visão comum é que os incrédulos teriam um conjunto de valores muito diferente do restante da população. Nossa pesquisa mostra que nada disso é verdade.”
A pesquisa revela que os ateus acreditam mais ou menos nos mesmos valores que os religiosos — moralidade objetiva, dignidade humana e direitos correlatos.
Mas isso faz sentido?
Dostoiévski, um dos maiores escritores da história, afirmava, já no século XIX, que “se Deus não existe, tudo é permitido”. Seguindo a mesma lógica, o filósofo cristão, William Lane Craig, demonstra que só em Deus encontramos fundamento para a moral e os valores. Ateus, nesse sentido, seriam incoerentes com as próprias crenças ao afirmarem a realidade dos valores morais.
Para compreendermos isso, recorremos ao livro de Romanos, na Bíblia, onde o apóstolo Paulo afirma que todos têm a lei de Deus escrita em seus corações (sejam cristãos ou ateus) e que a própria natureza dá testemunho da existência de Deus.
Paulo, no entanto, também afirma que o ser humano, mesmo sabendo dessas coisas, suprime essas verdades em si mesmo e se rebela contra Deus.
Na raiz, o ateísmo é menos um problema intelectual, e mais um caso de rebeldia. Ateus e agnósticos implicitamente reconhecem, até certo ponto, que os valores religiosos são a melhor maneira de se viver, porém não desejam prestar contas de suas escolhas a um Criador.
Essa rebeldia é a causa dos males que o ser humano tem criado no mundo.
Damos Graças a Deus, portanto, por Jesus Cristo, que nos salva e fornece um meio de reconstruirmos nossa natureza humana de acordo com a vontade de Deus.